quinta-feira, 29 de julho de 2010

memorial curricular

Memorial Curricular

Luciana Carla Mancino

Bióloga

Julho de 2010.

1. Origens, formação básica e início da vida profissional

Nasceu em Bandeirantes, PR, veio com a família para Guia Lopes da Laguna, onde morou em uma propriedade rural arrendada, na qual o pai desenvolveu agricultura. Ingressou e concluiu o Ensino Fundamental e Médio em escolas públicas de Jardim, MS.

Sua mãe, uma professora paranaense desde os 18 anos, pedagoga especialista em Didática Geral com formação para Orientação Educacional, foi Coordenadora Pedagógica por três anos e Diretora Escolar durante um ano, na Escola Estadual Cel. Pedro José Rufino em Jardim, MS. Sempre ligada à educação, lutando para a melhoria da educação pública, inspirou seus filhos a estudar e priorizar a conquista do espaço profissional através da instrução educativa, assim eles cresceram e viveram muito próximos ao ambiente escolar e pedagógico.

Em 1988 completou o Curso de Datilografia, sendo muito utilizado nos trabalhos e cursos que se sucederem. Cursou o Técnico em Contabilidade, entre 1989 a 1991, na Escola Estadual Coronel Pedro José Rufino em Jardim, proporcionando a aquisição conhecimentos para a práxis em escritórios de contabilidade e no comércio.

Começou a trabalhar em 1989, aos quinze anos no comércio em Jardim: primeiro na antiga COTRIJUÍ, atual COAGRI, desempenhando o cargo de recepcionista. Depois trabalhou como escriturária no escritório de administração da Fazenda Boqueirãozinho, de propriedade de Edílson Grubert. Ocupou também a função de Caixa no Lojão do Povo. Foi secretária no Mundo dos Pneus e atou como auxiliar de escritório na Cobel – Construtora de Obras de Engenharia Ltda. Trabalhou sem registro na Carteira de Trabalho na Auto Peças Universal, como secretária e também na Casa Pecuarista, onde aprendeu a emitir notas fiscais, teve contato com a informática, o que a fez pensar em profissionalização nesta área e a levou a fazer vários cursos técnicos; aprendeu a controlar o estoque dos produtos, vender, operar rádio amador, dentre outras funções. Esses trabalhos proporcionaram a busca constante por espaço profissional e também melhores salários, o que aumentou o seu interesse e a necessidade de aperfeiçoamento em Informática. Nesse período cursou MS-DOS 6.2 e Wordstar em 1999 com carga horária de 60h/a e WORD 97 (20h/a) e WORD 2000 em 2000 (20 h/a).

Atuou como secretária na Civelar Engenharia e Imobiliária, auxiliando três pessoas: um engenheiro civil, Senhor Salvador E. Peralta Barros, e um engenheiro eletricista, Senhor Luiz Carlos de Almeida Leite, além de assessorar dois advogados, Senhores Mário Magno Martinez e Celso de Arruda. Em resumo, essas experiências a ensinaram a recepcionar pessoas, realizar funções administrativas como redigir cartas, ofícios e outros documentos, preencher formulários e guias de recolhimento da previdência social, ARTs e outros, realizar serviços bancários, de limpeza, operar rádio amador, ter organização no trabalho, disciplina, pontualidade e assiduidade, cuidado e delicadeza para atender bem a todas as pessoas, respeitar o cliente, resolver conflitos interpessoais e tomar decisões importantes e necessárias como gerente, no caso da ausência do patrão.

Ao realizar um teste vocacional durante o ensino médio, o resultado mostrou a área biológica como 1ª opção. Após a conclusão do ensino médio prestou vestibular para medicina na UFMS, em Campo Grande, mas a grande concorrência com candidatos mais aptos, inexperiência em vestibulares, falta de preparação em cursinhos não favoreceu uma boa classificação, adiando o tão sonhado curso superior. Pensava talvez mudar de curso, com menor concorrência.

Jamais pensava em desistir. Continuou estudando e se preparando para o próximo vestibular. Até que em 1995, a UEMS foi inaugurada em Jardim e ofereceu vagas para Licenciatura em Biologia. Era a sua chance. Aquela seria sua faculdade. Estudou sozinha e contou com apoio de um ex-professor e amigo, professor Luís Carlos. Prestou o vestibular em julho do mesmo ano e enfim conseguiu a aprovação. Não sabia muito bem a grandeza do significado da profissão que estava escolhendo, não conhecia nenhum biólogo de prestígio, mas sabia que poderia atuar no ensino e isso a animava muito. Logo no primeiro ano, encantou-se com o desafio de superar todas as dificuldades de conhecimentos básicos e cumprir as exigências do curso superior, além de criar e educar seu filho que acabara de nascer. Acrescenta-se a essas dificuldades a precariedade da instituição pública recém inaugurada e ainda desprovida de livros e laboratórios, pois foi da turma única e pioneira na UEMS de Jardim, naquele ano. Conheceu e teve orgulho em aprender com os professores João Mianutti, Antônio Carlos Patusco, Débora Siviero, Zaira Guterres Ernestina Grubert, dentre outros. A sua vocação profissional estava definida. Teve certeza de que seria uma bióloga e lutaria para a valorização de sua profissão. No primeiro ano do curso, resolveu ir morar junto a João Augusto da Silva, pedindo a transferência para a UFMS em Campo Grande, pois o marido havia sido transferido para esta cidade. Solicitou aproveitamento de estudos e somente Química pode ser aproveitada. A grade curricular e a carga horária não possibilitaram maior aproveitamento de disciplinas, visto que o curso da UEMS era de Licenciatura noturno, e o da UFMS, Bacharelado em período integral. Então repetiu o primeiro ano de Biologia, novamente, em 1996 na UFMS no campus de Campo Grande. Como a UFMS tinha mais disciplinas e enfoque para a preservação e conservação ambiental, a paixão pela biologia aumentava.

Durante o curso de biologia, teve contato com professores muito dedicados, estudiosos e que marcariam sua vida para sempre, como por exemplo: Otávio Froehlich, Zildete Barbosa de A Yonamine, Masao Uetanabaro, Frederico S. Lopes, Teresa Cristina Stocco Pagotto, Rosângela Sigrist, Paulo Robson de Souza, Eliezer Marques, Paulo C. Boggiani, Erich A. Fischer, Maria Eugênia do Amaral, Luiz Onofre I. de Souza, Marcel O. Tanaka, Miceno (in memorian) dentre outros.

Em 1996 teve seu segundo filho. Para muitas mulheres que se tornam mães, a carreira profissional é deixada de lado e logo desanimam. Essa história não seria como as outras. Obteve, contudo, ainda mais motivação e entusiasmo para uma boa colocação profissional.

A sua participação na VI Semana da Biologia, realizada em Campo Grande no ano de 1997, foi uma revelação de todas as potencialidades de trabalho de biólogos.

Em 1999, participou do Evento em Comemoração ao Dia Mundial do Meio Ambiente, com palestras, plantio de 500 mudas junto aos estudantes da rede pública estadual e a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de MS e da Exposição de Pôsters – Saneamento Básico, com o tema “A importância dos Vetores”, foi convidada por ser integrante da disciplina Biologia aplicada à saúde. Apresentou fotos onde mostravam moscas, ratos, formigas e outros animais em contato com objetos contaminantes e com comida. Essa disciplina, juntamente com parasitologia e microbiologia despertou um grande interesse pela área da saúde e surgiu a idéia de trabalhar com saúde pública, nos postos de saúde. Então voltou a atenção para essa idéia e desenvolveu a Monografia com a orientação de uma Professora Mestre em Enfermagem, intitulada “Avaliação do controle de pragas e propagação de infecção no Hospital Universitário de Campo Grande, MS”. Devido ao grande desgaste para concluir a monografia e a grande dificuldade em aceitar biólogos no curso de especialização em saúde da família oferecido pela Escola de Saúde Pública Dr. Jorge David Nasser fez com que ela desistisse da idéia de atuar na saúde pública.

A partir daí, a área ambiental foi definitivamente selecionada devido ao seu imenso desejo de defender a vida, só não seria a de seres humanos, mas de plantas, animais, fungos, e todos os outros componentes vivos e não-vivos do ecossistema.

No ano de conclusão do Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas, em 1999, ela foi aprovada no Concurso Púbico para o cargo de Professor de Biologia, da Secretaria de Estado de Educação, lecionando 20 h/a semanais para o ensino médio. Precisava trabalhar, pois durante seis anos havia se dedicado somente aos estudos e à família. Mesmo adorando dar aulas, havia muitas dificuldades para lecionar nas escolas de periferia: salas superlotadas, reuniões e cursos fora do horário de trabalho, o salário não era compensador, sentia a vontade e a necessidade de continuar a estudar. Seu objetivo agora era cursar o mestrado.

Em 2000, realizou o Estágio Voluntário em Serviços Cartográficos, juntamente com um Engenheiro cartógrafo, onde obteve conhecimentos de Sensoriamento remoto e o manuseio do software Micro Station, na cartografia do Incra. Neste ano, seu esposo, João Augusto da Silva, Desenhista no INCRA (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), graduou-se em Licenciatura e Bacharelado em Geografia, pela UNIDERP (Universidade para o Desenvolvimento da Região do Pantanal). Ele desde o início a incentivou a atuar como profissional liberal, visto que ele tinha experiência e conhecimento do amplo campo de trabalho na área ambiental para os biólogos.

No ano seguinte (2001), ela concluiu o Bacharelado na mesma instituição, a UFMS. Em julho desse ano, buscando sempre melhor qualificação profissional, participou do Programa de Formação Continuada da Secretaria de Estado de Educação, com duração de 64 h/a e foi aprovada no Concurso Público da Secretaria Municipal de Educação, em Campo Grande, atuando como docente mais 20 h/a semanais nas séries finais do ensino fundamental. A carga de trabalho aumentou e com ela, a necessidade de continuar estudando para ingressar no Programa de pós-graduação, nível de mestrado, e o mais rápido possível, porém o tempo para estudar e se preparar, era reduzido.

O mestrado em Ecologia e Conservação havia seduzido inúmeros de seus colegas de faculdade, com tamanho entusiasmo e dedicação que decidiu prestar a prova de seleção em 2001. Conseguiu as cartas de recomendação dos antigos professores e o aceite do orientador, a idéia era desenvolver projetos de análise e discussão dos PRAD (Projetos de Recuperação de Áreas Degradadas). Infelizmente naquela ocasião não passou na prova de seleção, notando o ponto que precisa melhorar – no domínio da Língua Inglesa, mas não desistiu dos seus objetivos.

Durante o ano de 2003 participou da Capacitação continuada de Ciências Naturais, realizado pela Secretaria Municipal de Educação, aprendendo novas metodologias de avaliação, de trabalhos interdisciplinares direcionando os estudos aos ecossistemas e problemas locais, inclusive destacando as novas metodologias educacionais utilizando mídia e tecnologias que tornasse a abordagem de um determinado conteúdo mais interessante para crianças e adolescentes.

A partir desse ano, iniciou-se uma nova etapa em sua vida: a partir do surgimento de um trabalho de consultoria ambiental, proposto com a parceria de um colega engenheiro agrônomo, requereu o seu Registro Profissional no Conselho de Classe, o CRBio da 1ª Região e o Cadastro Técnico na SEMA, abrindo um leque de oportunidades de trabalho como profissional liberal na área de consultoria ambiental, planejamento, elaboração de projetos de licenciamento e a obtenção da respectiva Licença Ambiental ou documento equivalente. O primeiro trabalho foi na elaboração de um Projeto Técnico de Piscicultura tipo Parque de Pesca e o seu respectivo Licenciamento Ambiental. Mostrou-se autodidata, buscando informações de seu interesse na literatura e/ou conversando com profissionais da área, visitando projetos de pisciculturas consolidados, encontrando todas as respostas que buscava. Depois vieram outros de revegetação para recomposição de reserva legal, Projetos de Recuperação de áreas degradadas, Regularização de Reserva legal, dentre outros. Percebeu que tinha potencial de aplicar seus conhecimentos em algo prático, que pudesse ajudar a transformar uma idéia (projeto) em realidade, o que proporcionou a ela grande satisfação pessoal e profissional. Desde então vem realizando diversos trabalhos como consultora ambiental ad hoc em propriedades rurais e elaboradora de projetos ambientais e seus respectivos licenciamentos junto ao órgão ambiental estadual (vide currículo), especialmente na região sudoeste do Mato Grosso do Sul. A partir dos conhecimentos da Legislação Ambiental Federal e do Estado de MS além das normas da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e do IMASUL – Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul, realiza visitas técnicas às propriedades e faz orientações quanto às formas de proteção das nascentes, rios e córregos, o melhor local para a demarcação da reserva legal, os métodos para a conservação dos solos e das pastagens e controle das erosões, quais atividades necessitam do respectivo licenciamento ambiental, atende pessoas autuadas pelo Ministério Público, propondo soluções para reparação do dano ambiental, elaborando os respectivos projetos. Sempre que oportuno, incentiva os proprietários de áreas com belezas naturais, muito comuns em Jardim, Bonito e redondeza, a criarem áreas de RPPN – reserva particular do patrimônio natural, e também investirem na atividade turística, licenciando o empreendimento antes da sua efetiva implantação.

Freqüentou em 2003 o Curso de Extensão de Inglês Módulo I (40h) e II (40h) no Instituto de Tecnologia Aplicada à Educação Novo Horizonte.

No mesmo ano, matriculou-se como aluna especial na disciplina de Avaliação de Impactos Ambientais (45h) integrante do Mestrado em Tecnologias Ambientais da UFMS com a intenção de conhecer os professores, ampliar o rol de conhecimentos na área ambiental e verificar se esse curso era interessante. Concluiu que a experiência foi maravilhosa! Aprendeu muito, pois a turma era multidisciplinar, conheceu a Professora Ana Beatriz S. de Deus Brusa, fez amigos, porém o curso era mais voltado para sanitaristas e engenheiros do que para biólogos. Essa disciplina possibilitou maior embasamento teórico para os trabalhos de consultoria ambiental, que vez ou outra realizava, e também forneceu instruções para a atuação na perícia ambiental. Mas, não perdeu o desejo de cursar uma pós-graduação em nível de mestrado, concentrando seus estudos para a prova de seleção do mestrado em Ecologia e Conservação da UFMS.

Em dezembro de 2003, retornou com o marido e os filhos para Jardim, exonerando-se do cargo de professor da prefeitura de Campo Grande, transferiu sua lotação para a Escola Estadual Cel. Pedro José Rufino, na qual lecionou apenas 20 h/a no ano de 2004.

No recesso escolar de julho estudou e se preparou para a prova de seleção do Mestrado em Biologia Vegetal, curso recém-criado na UFMS, no campus de Campo Grande. Foi aprovada em 6° lugar. Estava começando a realização de um sonho e o começo de outros problemas. Primeiro, o curso era novo e não havia bolsa de estudos, havia apenas a expectativa de conseguir uma bolsa a partir do segundo semestre. Segundo, ela teria que viajar constantemente para Campo Grande para freqüentar as aulas e retornar no fim de semana para Jardim (distante 250 km), pois precisava ver os filhos e o marido e organizar a casa e as tarefas domésticas. Mas a determinação de conseguir concluir o mestrado era inabalável.

Através do estudo e análise do Estatuto dos Servidores de MS, decidiu pedir Licença para Estudos, fundamentada no amparo legal dada pela Lei 1.102/1990. O processo nem chegou a ser protocolado, por orientação de uma funcionária dos Recursos humanos da Secretaria de Estado de Educação. A justificativa que ela apresentou foi que, embora esteja escrito nesta Lei que é permitido, na prática o Estado não concede isto porque a SEED teria que pagar um professor substituto para todos os que solicitarem, durante todo o período do curso, e ficaria muito caro para o Estado e que se eu não tivesse um padrinho político nem adiantava protocolar, seria tempo perdido. Embora essa resposta não fosse a oficial, concluiu que não teria uma resposta oficial favorável. Ela poderia tentar dar andamento no processo, o que poderia demorar muito e a resposta final ser negativa como a funcionária havia dito. Outra alternativa seria tentar conseguir bolsa de estudo pela Fundect. Ao falar com uma chefa da SEED, expôs o problema a ela e ela lhe ofereceu uma vaga para trabalhar no setor de Educação Ambiental no Parque dos Poderes em Campo Grande. Vendo nessa oportunidade a chance de conseguir estudar, ela aceitou imediatamente e pediu remoção para a SEED, com o acordo de um horário flexível que ela pudesse freqüentar as aulas do mestrado. Concomitantemente inscreveu seu projeto de pesquisa do mestrado na Fundect – Fundação de Desenvolvimento e Estudos em Ciência e Tecnologia de Mato Grosso do Sul e aguardou o resultado. Em dezembro de 2004 conseguiu uma bolsa de estudo e o seu projeto recebeu o financiamento para a pesquisa. Desse modo, pediu Licença para Tratar de Interesses Particulares e manteve-se no curso com o dinheiro da bolsa de estudos e a ajuda do marido, porque as despesas eram altas.

No curto tempo que atuou no setor de Educação Ambiental da Coordenadoria de Programas Especiais da SEED, participou do planejamento, organização e da realização do evento denominado Seminário Formadores II, integrante do Programa Vamos Cuidar do Brasil com as Escolas e Projeto Agenda 21 nas escolas de MS, de 29/09 a 03/12/2004.

Ainda na SEED participou da elaboração do Projeto Pedagógico para o Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas direcionado às pessoas dos Assentamentos da Reforma Agrária no MS, juntamente com a UEMS e o Incra (PRONERA), em Dourados. Muito proveitoso e com ótimas oportunidades de estudar mais a ementa das disciplinas e os objetivos específicos de um curso superior muito ímpar como aquele, além de conhecer pessoas maravilhosas como a Maura.

Participou do Seminário “Tecnologias avançadas para a produção de polpa branqueada de eucalipto e seus impactos ambientais” realizado pela International Paper, de 4 a 5 de abril de 2006, através da Fundação Cândido Rondon. Este seminário teve uma leve semelhança com uma audiência pública, porém foi apresentado por uma empresa de consultoria contratada para expor o projeto da Fábrica de produção de polpa Kraft e papel que seria inaugura em Três Lagoas. Aí então pode perceber que se as pessoas soubessem como e quanto o branqueamento do papel agride o ambiente, usariam sempre os dois lados da folha, otimizariam o espaço para reduzir o número de folhas e depois reciclariam todos os papéis que fosse possível. Pareceu uma representação teatral bem feita, porém a preocupação demonstrada com a poluição ambiental e com os benefícios diretos e indiretos à população local foi mínima, limitada às obrigações legais.

Posteriormente esteve em Curitiba nos dias 12 e 13 de abril de 2006 para participar do Curso de Treinamento em Planejamento e Implantação de Pomares de Sementes de Espécies Florestais Nativas, promovido pela Fundação de Pesquisas Florestais do Paraná, conveniada com a Universidade Federal do Paraná, com um total de 16 h/a, conheceu o professor Antônio R. Higa e a professora Luciana Duque que falaram sobre a importância da criação de pomares de sementes florestais nativas e da certificação da produção de sementes e mudas florestais, especialmente no sul e sudeste do país, pela reduzida área florestal nativa remanescente e a escassez de locais de coleta de sementes para a produção de mudas de espécies nativas destinadas a reflorestamento. O professor Ademir Reis, um dos editores da Flora Catarinense, falou sobre o uso de sementes na restauração florestal e defendeu o uso de espécies herbáceas e arbustivas em plantios de restauração ecológica. A professora Linda S. Caldas explanou sobre a função das redes de sementes e o Renato Lorza comentou a situação atual das mesmas. Foi uma oportunidade para ela mostrar e divulgar o trabalho de pesquisa que estava desenvolvendo e representar o seu estado num encontro tão importante, que culminou com a publicação do livro “Pomares de Sementes de Espécies Florestais Nativas” lançado recentemente.

Em decorrência do projeto de pesquisa científica desenvolvido durante o mestrado, utilizando mudas de espécies nativas com a finalidade de gerar novos conhecimentos e técnicas de reabilitação de áreas degradadas, foi convidada a participar do curso Manejo de viveiros: Produção de Mudas de Espécies Nativas, de 25 a 27 de abril de 2006, com 20 h/a, promovido pela Rede de Sementes do Pantanal. Conheceu o trabalho do professor José Leonardo M. Gonçalves, biólogo da ESALQ-USP, o qual mostrou sua longa experiência com a produção de mudas testando adubações, tamanhos de mudas, plantios com espécies nativas e exóticas, dentre outros. O professor Leonardo juntamente com o Celso Machado, geógrafo do viveiro de mudas da Cespe-SP, ensinaram diversas técnicas de produção de mudas que tem dado certo nos plantios realizados pela Cespe e pela ESALQ.

2. Orientação de Estágio

Para a realização do projeto de pesquisa científica do mestrado realizou medições mensais das plantas no campo, monitorando o trabalho de três estagiários voluntários, que a auxiliaram em agosto de 2006: Orleans S. de Oliveira, acadêmico de Turismo, UEMS, Jardim, MS, 20h; Monike Romeiro Gonçalves, acadêmica do curso de Letras, UEMS, Jardim, MS, 24h e Duan Benites, estagiário no Incra, Jardim, MS, 40h. Essa monitoria foi muito interessante, pois envolveu o compartilhamento de conhecimentos técnico-científicos e ecológicos com pessoas que tem um nível educacional um pouco mais elevado que a maioria das pessoas, mas não-biólogos.

Orientou o Estágio Supervisionado das acadêmicas Fabrina Paredes e Rosane Dulmont Rodrigues do Curso de Turismo – Ênfase em Ambientes Naturais da UEMS – Unidade de Jardim, em 2008 com 480h. Porém, esta última, não pode ser reconhecido porque não houve novo contrato com a UEMS no ano de 2009.

3. PARTICIPAÇÃO EM EVENTOS CIENTÍFICOS

Participou como congressista e apresentou trabalho no 57º Congresso Nacional de Botânica, 13º Encontro Estadual de Botânicos e 5º Encontro Estadual de Herbários, realizado de 4 a 12 de novembro de 2006, em Gramado, RS. Apresentou o resumo do trabalho “Avaliação do efeito de gramíneas e da adição de adubo na sobrevivência e crescimento de mudas de seis espécies do cerrado numa área de pasto abandonado” juntamente com os doutores Andréia L. T. de Souza e Geraldo Alves Damasceno Júnior. Experiência marcante e recomendável a todos os que almejam seguir uma carreira acadêmica. Teve oportunidade de conhecer e conversar com diversas sumidades na área de botânica como a Professora Doutora Jeanine Maria Felfili Fagg e Christopher William Fagg da Universidade de Brasília, docentes e pesquisadores atuantes na área de fitossociologia e estudos da flora do cerrado de Brasília e região.

A Professora Wanda Faleiros juntamente com a Professora Alaíde Brum de Mattos da UEMS, da Unidade de Jardim, realizaram o 1° Encontro de Bacharéis e Estudantes de Turismo de Mato Grosso do Sul, o I EBETUR, dias 2 a 4/05/2006 neste município, reunindo estudantes e bacharéis de diversas cidades do entorno. Neste evento, participou como ministrante do Mini-curso de Recuperação de Áreas Degradadas para 25 pessoas. De acordo com a avaliação dos participantes, o mini-curso abordou a necessidade de recuperação de áreas degradadas da região, especialmente áreas ciliares, de nascentes e várzeas, pois isto tem impacto direto na atração de turistas para o turismo ecológico que é explorado em Jardim e Bonito.

Em 03/05/2007 participou do II EBETUR apresentando o Mini-curso intitulado: Gestão ambiental: legislação, planejamento e estudo de impactos, com duração de 4h.

De 18 a 21/10/2007 participou de uma atividade complementar “Expedição Didática aos municípios de Aquidauana, Corumbá e Ladário/MS e Estrada Parque Pantanal” coordenada pela professora MSc. Wanda Faleiros, com acadêmicos do 2º e 3º ano do Curso de Turismo da UEMS – Unidade de Jardim, com 60h.

Integrou-se a uma Mesa redonda na I Semana Acadêmica de Biologia de Bela Vista – MS: “Conscientização e Educação na Biologia”, juntamente com o Profº Dr. Eliézer Marques, a coordenadora do Curso Profª Wanda Faleiros, o Profº Ilzo A. Meireles, carga horária de 8h, realizada no período de 23 a 26 de maio de 2007, promovida pelo Curso de Licenciatura em Biologia a Distância, no qual atuava como Tutora a Distância. Nesse evento ainda ministrou palestra com o tema “Gestão ambiental: Licenciamento, Planejamento e Estudo de Impacto Ambiental”, com carga horária de 8h.

Foi colaboradora da I Semana Acadêmica do Curso de Licenciatura em Biologia a Distância: “O papel do Biólogo frente aos avanços científicos e tecnológicos” que ocorreu nos dias 8 a 11 de novembro de 2007 em Jardim, com carga horária de 60h.

Participou na banca de defesa de trabalho de conclusão de curso Turismo – Ênfase em Ambientes Naturais dos acadêmico Siney Eduardo Nantes intitulado: “Implantação de Sinalização e placas de informação turística no atrativo Seu Assis Camping e Balneário, Jardim, MS” e também de Ana Wanderlinde Quaresma intitulado “Levantamento da estrutura física do passeio Ecológico Barra do Sucuri – Bonito MS”, em julho de 2007.

Juntamente com a professora Wanda Faleiros da UEMS em Jardim, ajudou a elaborar e está colaborando no desenvolvendo três projetos cadastrados no Edital 003/2007 no Siex - Sistema de Informação em Extensão Universitária das IPES – Instituições de Pesquisa e Educação Superior, um de ensino: “Trabalhando a percepção ambiental através do teatro” e dois de extensão: “O meio ambiente em debate” e “Publicação de resumos de Trabalhos de conclusão do curso de Turismo em forma de artigo científico”.

4. O Curso de Mestrado em Biologia Vegetal

No dia 06 de setembro de 2006 apresentou sua dissertação de Mestrado, com o título “Efeitos de Urochloa brizantha (Hochst. ex a Rich) R. D. Webster (Poaceae) e adubo orgânico no desenvolvimento inicial de mudas de espécies nativas do cerrado na reabilitação de uma área degradada, Jardim, MS”. Muito feliz e realizada, esse projeto fez com que ela se sentisse uma pesquisadora brasileira, se desdobrasse para contornar inúmeros problemas que apareceram, principalmente de ordem financeira. O curso todo, de uma maneira geral, proporcionou contato com personalidades que deram importantíssimas contribuições os seus trabalhos pedagógicos e científicos, como os professores: Dr. Arnildo Pott e Vali Joana Pott, pesquisadores da Embrapa e o Dr. Geraldo A. Damasceno Júnior, os quais ministraram disciplinas práticas de identificação de plantas terrestres e aquáticas na Base de Estudos da UFMS no Pantanal do Abobral; Drª Ângela L. B. Sartori que ensinou sistemática, cladística e juntamente com a Drª Alessandra dos S. Penha ensinou métodos de levantamentos fitossociológicos, com aulas e trabalhos práticos; Drª Edna SCremin Dias, lecionou Anatomia Vegetal voltada ao conhecimento anátomo-ecológico das plantas do pantanal; Dr. Valdemir A. Laura, pesquisador da Embrapa, lecionou Fisiologia Vegetal de modo admirável e contagiante; a Drª Andréia L. Teixeira de Souza, ecológa da UFMS, ministrou a disciplina Dinâmica de Populações de Plantas e foi co-orientadora do seu projeto de pesquisa científica, com muita dedicação e grande conhecimento e experiência em ecologia e estatística deu enorme contribuição para a qualidade da dissertação.

Após a conclusão do mestrado em setembro de 2006, voltou a lecionar Biologia para o Ensino Médio, 20 h semanais na Escola Estadual Cel. Pedro José Rufino.

Participou de uma seleção de docentes para a contratação de professores temporários da UEMS em novembro de 2006 (Edital UEMS DRH 05/2006), na qual foi aprovada e atuou como Professora de Ensino Superior durante dois anos na unidade universitária de Jardim, ministrando aulas nas disciplinas de Educação Ambiental, Percepção Ambiental, Metodologia Científica, Ecologia, Ecossistemas Brasileiros e Técnicas de Identificação e Conservação de Ambientes Naturais para o Curso de Bacharelado em Turismo e a disciplina de Introdução à Metodologia Científica para o curso de Licenciatura em Geografia.

No dia 19/12/2006 foi nomeada para o cargo de Fiscal Ambiental da Secretaria Estadual de Meio Ambiente de MS (Diário Oficial do Estado de Mato Grosso do Sul n° 6.871 p.5), tomando posse dia 27/12/2006 e entrando em exercício dia 22/01/2007. Porém, foi surpreendida com o repentino cancelamento da nomeação e posse dos funcionários concursados e recém empossados, através de um ato governamental. Aguarda resposta de processo judicial.

De outubro de 2006 a maio de 2008 exerceu a função de Tutora a Distância no curso de Licenciatura em Biologia à distância do CONSET- Consórcio Setentrional que envolve a UFMS, a UEMS e a UNB, abrangendo os pólos de Jardim e Bela Vista.

5. PUBLICAÇÃO DE ARTIGO CIENTÍFICO

Um requisito para a obtenção do título de mestre no mestrado em Biologia Vegetal da UFMS era a obtenção do recibo de envio de pelo menos um artigo científico a uma revista indexada de pesquisa QUALIS A ou B. Ela enviou para a Acta Botanica Brasílica em dezembro de 2006, da qual recebeu o aceite nº 239/2006 do artigo: Efeitos de Urochloa brizantha (Hochst. ex A. Rich) R. D. Webster (Poaceae) e adubo orgânico no desenvolvimento inicial de mudas de espécies nativas do cerrado subsidiando a restauração ecológica de uma área degradada, Jardim, Mato Grosso do Sul, de autoria de Luciana Carla Mancino, Geraldo Alves Damasceno Júnior e Andréia Lúcia Teixeira de Souza.

Posteriormente, em fevereiro de 2008, a revista substituiu o editor de área o qual deu novo nº. de registro ao trabalho 46/2008, que passou a denominar-se “Efeitos da eliminação de gramíneas invasoras e adubação orgânica na sobrevivência e crescimento de espécies arbóreas em plantio de restauração em região de cerrado” com a autoria de Luciana Carla Mancino e Geraldo Alves Damasceno Júnior, com recomendações de reajustes. Após passar dois anos de trabalho para publicar o artigo, o mesmo foi rejeitado.

Novamente enviou a outra revista da Sociedade Botânica de São Paulo, a qual recebeu em 18/09/2008 sob o nº. 170/08 agora com o título de “Efeitos da eliminação de uma gramínea invasora e adubação orgânica na sobrevivência e crescimento de espécies arbóreas na reabilitação de uma área de mata de galeria”. Foram feitas as adequações sugeridas e rejeitado.

Também está sendo preparado um artigo para publicação denominado: Plantas medicinais mais conhecidas e usadas por alunos do ensino médio da Escola Estadual Cel. Pedro José Rufino, Jardim, MS. Para tanto, estão sendo feitas as coletas e identificação de material botânico para o seu depósito do Herbário CGMS, das plantas medicinais citadas nessa pesquisa.

5. PARTICIPAÇÃO SOCIAL

A III Conferência Municipal do Meio Ambiente realizada no dia 25 de fevereiro de 2008 (carga horária 8h), em Jardim, MS, com o tema Mudanças Climáticas, Recursos Hídricos e Desenvolvimento Sustentável deu a ela um impulso na participação das decisões importantes para subsidiar a elaboração participativa do plano diretor municipal.

Em novembro de 2008, juntamente com outras pessoas, ajudou a fundar uma Organização não-governamental denominada BIOECOL – na modalidade de Organização da Sociedade Civil de Interesse Público com finalidade de promover educação ambiental, capacitação de pessoas para inserção social e geração de renda utilizando racionalmente os recursos naturais e minimizando os impactos no ambiente, realizar projetos como o de estudos para a recuperação de áreas degradadas do cerrado e similares. Essa organização está se estruturando e buscando as parcerias com as prefeituras de Jardim, Guia Lopes, Bela Vista, Nioaque e Bonito, bem como os Ministérios Públicos da Promotoria de Justiça de MS nos municípios da região.

6. ETNOBOTÂNICA

Ingressou na disciplina de Etnobotânica do Programa de pós-graduação em Biologia Vegetal como aluna especial, realizado de 01 a 08 de setembro de 2008, com a professora Drª. Ieda Maria Bortolotto e carga horária de 60h. Estava interessada em continuar estudando para o ingresso no doutorado e pedir aproveitamento de créditos da disciplina.

7. DOUTORADO

Disputou uma vaga ao Doutorado na Seleção do Programa de Pós-Graduação em Botânica da UFRGS- Universidade Federal do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre, durante os dias 8 a 12 de dezembro de 2008, com o projeto Estudo da Fitossociologia e influências edáficas de um trecho de mata ciliar do Rio Miranda e de uma área em reabilitação, Jardim, MS – subsídios à conservação do cerrado, na qual obteve aprovação, alcançando a classificação para o recebimento de bolsa. Infelizmente não pode cursar o doutorado porque o orientador que havia dado o pré-aceite, Dr. Jorge Waechter, teve a única vaga que ofereceu preenchida por uma outra candidata, melhor classificada. Mesmo solicitando outro orientador ao Programa, não foi atendida.

Em 2010, entrando em contato novamente com a Coordenadora da Pós-graduação, conseguiu enfim, o orientador, Professor Luís Rios de Moura Baptista. Matriculou-se em março deste ano. Irá freqüentar disciplinas no segundo semestre deste ano. Terá que escrever outro projeto, a ser realizado no RS, pois essa seria a retribuição que poderia oferecer ao estado em que oportunizará curso.

PRODUÇÃO DE MATERIAL DIDÁTICO

Recentemente elaborou um material didático para o Portal Educação Ltda, intitulado “Plantio e cultivo de espécies arbóreas”. Este material foi produzido em quatro módulos, totalizando 111 páginas, na seguinte estrutura: Módulo I: Por que e para quê plantar? Por que o foco é o plantio em região de Cerrado? Finalidades do plantio, Plantas: o melhor meio de conservar o solo, Contenção de erosão e Proteção ambiental: com finalidade ecológica e de cumprimento da legislação ambiental, Noções gerais de reabilitação, Regeneração natural ou Pousio, Modelos de reabilitação, Reabilitação de áreas degradadas não banhadas por recursos hídricos, Reabilitação de áreas degradadas adjacentes aos recursos hídricos (27 páginas); Módulo II: Escolha das espécies adequadas à finalidade desejada: espécies frutíferas cultivadas e nativas – vantagens e desvantagens, Caracterização de grupos de plantas quanto à exigência de luz, Caracterização de grupos de plantas quanto à exigência de água, Caracterização de grupos de plantas quanto à permanência de suas folhas, Observando a qualidade da diversidade biológica, Para saber mais e Glossário (38 páginas); Módulo III: Obtenção de mudas e sementes de qualidade, Construção de viveiros, Classificação de Viveiros, Produção das mudas, Coleta de sementes das espécies do Cerrado, Transporte, beneficiamento e armazenamento de sementes de espécies florestais nativas, Quebra de dormência, Semeadura, Embalagens ou recipientes de produção de mudas, Vantagens do uso de tubetes, Vantagens do uso de sacos plásticos, Substratos, Cultivo de mudas, Irrigação, Controle fitossanitário, Controle de pragas, Adubação, Controle de pH, Micorriza, Rustificação e expedição, (24 páginas); Módulo IV: Espaço e espaçamento, Tratos culturais, Formas de manejo e conservação do solo, Análise do solo e ajuste à sua capacidade de uso, Plantio em nível, Rotação de culturas, Adubação verde, Plantio direto, Plantio em faixas, Manutenção das estradas, Cortinas de contenção, Paliçadas, Caixas de retenção, Bigodes, Preparo do solo de plantio: Adubação, Correção do pH, Calagem, Drenagem, Irrigação, Aração e Gradeação, Cuidados prévios e de manutenção da plantação: Coroamento, Combate às formigas cortadeiras e outras pragas, Queimadas e Aceiro, Cercamento, Coveamento, Plantio, (22 páginas). Contou ainda com uma lista de exercícios e uma prova final de múltipla escolha. O material ainda pode ser editado, contudo, poderá servir como parâmetro de estudo dos Cursos oferecidos pelo Portal Educação.

8. Situação atual e perspectivas de trabalho

Permanece no trabalho como Professora de Biologia para o Ensino Médio, com 20h semanais, ministrando também aulas de Biologia para o CEPV – Cursinho Estadual Pré-Vestibular, ambos na Escola Estadual Cel. Pedro José Rufino. Leciona Ecologia, Percepção Ambiental e Gestão Ambiental no curso de Turismo na UEMS, unidade de Jardim, MS.

Almeja ser uma professora concursada no Ensino Superior.

Cursa atualmente o Doutorado em Biologia Vegetal na UFRGS, desde março de 2010. Desde já, apresentam-se muitas dificuldades, em virtude do não-apoio do governo do estado do MS, mesmo sem bolsa de estudos, insiste em continuar lutando e pedindo o apoio de amigos, parentes, colegas e médicos.

Convém ressaltar que tem prazer em se dedicar ao trabalho de orientação de projetos acadêmicos e trabalhos de conclusão de cursos de graduação e pós-graduação e se debruçar na escrita de textos técnicos e científicos.

Acredita que atividade docente lentamente está se tornando um pouco mais valorizada, mas está trilhando um caminho promissor. Para ser professor é preciso ser um tanto idealista, muito paciente e perseverante, pois há muitos e sérios problemas que enfrentamos diariamente nas instituições públicas de ensino. Mesmo com muitas dificuldades, inclusive financeiras, estruturais e de apoio logístico das instituições de ensino de diversos níveis, como a falta de funcionários efetivos tanto administrativos quanto docentes, carência de recursos financeiros e materiais de toda ordem, falta de profissionalização e aperfeiçoamento da equipe docente e também da gestão escolar, acúmulo de funções e o estresse do dia-a-dia, apenas para citar alguns exemplos, ela pretende atuar como professora, como fez sua mãe, além de pesquisadora. Possui a garra de uma mulher que não a permite desistir de um objetivo de vida tão essencial e desafiador quanto o de ser educadora. Enfim, pelos motivos expostos, é possível perceber que, para que a profissão de professor seja respeitada e reconhecida profissional e socialmente, ainda necessitamos travar muitas batalhas, conquistar muitos amigos, cultivar a paciência, moldar a tolerância, aprofundar a humildade...

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